Chega...

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Como aquela saudade dos tempos de infância, aquela saudade gostosa (e há mau sentido em gostosa?) de ser lembrada, aquela satisfação de ter vivido bem, pode ser comparada com a saudade que machuca, aquela falta de algo ou alguém, mas uma falta que dói, que dilacera, que deixa em depressão?

Não faz sentido terem o mesmo nome, pelo menos eu não vejo algum.

O Tempo e o Espaço

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Reflexões e conclusões alheias me disseram que
não há o tempo
Este não passa de mais uma ilusão
das que rodeiam nossas mentes.

As mesmas reflexões concluíram que
não há o espaço.
Estamos plantados em solo
e estacionados em inexistência

Para mim,
É difícil negar
ambas existências
tão cruciais.

A parcela abstrata que me cabe
ajuda-me a refletir.
A parcela abstrata que me cabe
ajuda-me a conhecer o que ela contém.

Essas, até agora, existências
faziam-me crer que poderia ser
diferente,
salva pela segurança proporcionada

Agora, com esses questionamentos,
vejo-me igual e iludida,
medrosa quanto ao diferente
como um humano ordinário.

Mas diante dessa nova realidade,
ponho-me a refletir;
Já não me sinto tão estranha,
estarei agora diferente?

Essa realidade parece coerente
mesmo que uma parte de mim
ainda lute contra ela
Será isso tudo mesmo?

Dessa vez é eu quem
tira as próprias conclusões.
Medo pra quê?
Talvez nós não existamos.

Esses devaneios todos
me trouxeram à uma certeza
Quem diria?
A certeza que me move e motiva.

Existindo o tempo
quero vivê-lo e contemplá-lo
sempre e eternamente,
ao seu lado
Que todas suas divisões e denominações
não sejam notadas e que se tornem
inúteis – o que são na realidade
Pois o tempo é apenas um coadjuvante
de nós dois.
Ou, no máximo, um aliado da
eterna (com)vivência

Meu medo diminuí mais ainda pois,
não existindo o tempo,
não há o que passar,
o que mudar.
Facilitando, afinal, ele não é secundário?
Também não existindo espaço, me alegro;
As únicas coisas que existem,
somos nós.
E isso nunca passará.
E o que ficará,
é sua imagem, enquanto
ando na velocidade do nosso
sentimento,
para cada vez mais próximo,
de você.


Homenagem ao aniversário da pessoa mais importante e da fonte de inspiração, sempre abundante, e boa de beber da sua escritora. Um brinde à volta.

Obs: Por problemas técnicos, L.Hobbit escreverá hoje e exclusivamente hoje.

Abraço!
22:09