A vida como ela é ou como a vemos? -- Parte I

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A vida.
O bem mais precioso. O desejo instintivo. O direito inegável e o dever irrefutável de se zelar por ela. Discutida em todos os momentos, sob vários parâmetros e críticas, por todos os tipos de pessoas de diferentes lugares, profissões e relacionamentos.
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Mas será que nós damos o valor merecido pela mesma?
Será que cuidamos como devíamos da sua existência?
Será que fazemos jus à essa circunstância?
Ou, por que, se ela é tão importante, existem tantas pessoas por aí desimando-a, espalhando ao acaso o o término?
O término de sonhos, projetos e jornadas. O término do passado, presente e da visibilidade futura. O término do tardar ao término. E será que realmente sabemos o que é viver?
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Sob um olhar filosófico podemos questionar nossa existência. Quem somos nós e de onde viemos? A busca incessante pela nossa essência e por nossas origens e a falta de respostas satisfatórias pode colocar em xeque o mundo que conhecemos e tudo que está nele contido. Estaríamos sonhando? Estaríamos vivendo num mundo paralelo à uma verdadeira realidade?
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Realmente, as respostas para essas perguntas são difíceis de se encontrar, mas cabe a nós pensarmos e refletirmos, não só sobre nossa existência, mas sobre a vida em geral e todas as coisas à ela ligadas, e após um profundo entendimento ou uma longa busca além das "coisas como elas são", é preciso que se siga a ação para, então, mudarmos a nossa realidade, imaginária ou não, e fazermos da nossa vida melhor através do seu real entendimento ou da sua maior preservação.

Bom, esta é a primeira parte de uma pequena série de publicações sobre A Vida.
Espero que tenham gostado e que leiam as próximas publicações.

Abraço
L. Hobbit

Uma Ferradura para os Chineses

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Atenção para os leitores: Este texto foi escritos às pressas, portanto foi mal-escrito, não foi revisado e muito menos corrigido. Peço sinceras desculpas aos leitores por isso, algo que não se repetirá nas próximas postagens. Obrigado.
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Faltando menos de um mês para o começo das Olimpíadas de Pequim, o mundo está parando. Como sempre, a expectativa para o início dos jogos é muito grande, principalmente para aqueles que irão presenciar esse grandioso evento do esporte mundial. Polêmicas, correrias, obras atrasadas e falta de verbas estão presentes na maioria desses eventos, não se pode negar. Contudo, dessa vez, o grande problema não é algum estádio que não irá ser construído antes do início dos Jogos, mas sim conflitos internacionais e a sorte de uma República que não está merecendo ser reconhecida assim.

Com certeza alguns estão se perguntando se eu estou mesmo chamando um Estado que contou com um terremoto que matou mais de 80 mil pessoas de sortudo. Claro que o escritor desta publicação não é nenhuma pessoa sem coração, o acidente natural foi realmente terrível. A questão é que apesar de tudo, a China saiu ganhando com todo esse episódio.

Por quê? Não é difícil entender. Antes de tudo, devo fazer uma pergunta aos caros leitores: O quê se falava sobre a China uma semana antes do terremoto?
Bom, todas as pessoas informadas conseguirão me responder. A ocupação Chinesa no Tibet, que já é fato há 40 anos, explodiu ultimamente na mídia graças aos Jogos Olímpicos e à rivalidade da República com os Norte-Americanos. O Estado era fortemente pressionado pela ONU, países e pela imprensa por dominar o país e exilar seu grande líder, o Dalai Lama. E isso já estava causando problemas, não fosse um grande golpe de sorte, coincidência ou não.

Já estão assimilando os fatos?

O que estava talvez mais perto de significar a liberdade cultural, política e social dos tibetanos foi por água abaixo com a ajuda da natureza. Depois do dia 12 de Maio, o foco mudou. A China, que era o grande vilão da história, se tornou a vítima, graças à um golpe da Natureza. Talvez seja uma forma da filha dos elementos se vingar de nós, humanos, que fizemos tanto mal à ela, ou talvez seja uma coincidência que mudou uma grande parte do rumo de toda a história humana.

O que não pode acontecer é ficarmos calados perante este acidente, que fez talvez mais bem do que mal para os governantes do Estado. Precisamos voltar a protestar pela liberdade de povos, pela liberdade do Tibet.

Até a próxima postagem,
g.winme

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Saiba mais sobre o conflito China-Tibet:
http://www.10emtudo.com.br/imprimir_artigo.asp?CodigoArtigo=65
, 20:46

Periferia D'Alma

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Aqui, ela é quem quiser
Não se emociona, não se apega
Não é mais do que uma pessoa qualquer
Se liberta de quem deve ser
Sem medo da estupidez transparecer

Aqui ela mostra seus segredos
Aqui ela traz sua ignorância
Tira a máscara que tanto pesa
Fica mais leve e mais humana

Aqui ela fica fria e séria
Põe os pensamentos pra fora
Se declara fraca sem orgulho nem beleza
Aqui ela desfaz sua fortaleza

Aqui ela está sucetível a qualquer coisa
Aqui ela não se faz mais de sensível
Aqui ela ignora a todos
Todos os fantasmas e todos os pesadelos

Aqui ela demonstra o que sente
Aqui ela é calma e nervosa
Ela chega ao ponto de desequilíbrio total
Aqui ela se debulha em lágrimas, ela chora

Ela não precisa mais ser perfeita
Aqui não tem segredos nem temores
Aqui ela expande suas ações altruístas
E revela a natureza egoísta

Neste lugar, sua coleção de feridas
Sua síndrome de heroína vem a tona
Sua dor pesa na cabeça
Essa dor que a detona

Ela muda, é vazia
Entra no casulo , se prepara
Esta é a entrada da periferia
No seu interior está abismada

Aqui ela não escolhe,
Não encolhe nem esconde
De seus desejos até o mais sujo
Ela não sente mais nojo

Aqui ela julga
Aqui as regras não são claras
Refaz do seu lixo
As coisas mais raras

Aqui a razão não domina
Ela enfrenta o mundo com seu sarcasmo
Seus vestígios de menina
Afugentam o marasmo

Aqui não tem começo nem final
Neste tempo tão impreciso
Ela se perde e vai embora
Não está pronta para o mundo afora

Neste recanto esquecido
Só restam recordações
Memórias, riscos, rabiscos
Trapos de emoções

Distorções Visuais e a Sociedade

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Grande parte de minha juventude ainda não concluída foi marcada por discussões infindáveis sobre alimentação... "Os jovens alimentam-se de modo cada vez pior" e argumentos afins.
Ok, penso eu. Vamos começar a ter a alimentação PERFEITA...
Com todos os grãos, cereais e proteínas necessários em cada refeição... Frituras, lipídios, hiperglicêmicos foram compostos orgânicos que saíram da minha rotina. E tal é minha surpresa que, ao fazer a alimentação dos sonhos de qualquer pai e/ou mãe, minuciosamente calculada, restrita, mas definitivamente saudável e ainda composta por uma invejável rotina de exercícios que proporcionaram um condicionamento muscular mais saudável, passo a ser vista como uma paciente de um transtorno obsessivo compulsivo: anorexia nervosa.
Pelo simples fato de não ingerir alimentos hipercalóricos e ter uma rotina controlada passei a emagrecer... Porém, as pessoas (trato aqui das pessoas que viviam cotidianamente comigo) achavam que eu não comia, e eu comia melhor do que as metade das pessoas à minha volta. O problema: não comia as chamadas "porcarias", "besteiras" ou "fast food"... Bom, mas isso não é um depoimento, tudo o que falo aqui tem um objetivo básico, que não é fazer dos leitores psicanalistas (Freud já me ajudou em relação a isso), e sim mostrar que os transtornos alimentares são considerados patologias genéticas.
Porém, transtornos alimentares estão muito mais conectados com a psicologia.
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Tentar entender o que se passa na cabeça de qualquer pessoa é algo realmente complexo, diria impossível, improvável pois somos seres temperamentais, de personalidades individuais e isso nos faz perceber o mundo sob vários ângulos diferentes. Contudo, um elemento que tornou-se peça-chave para que pudéssemos viver em sociedade passou a fazer com que vários pontos de vista, várias visões de mundo, virassem apenas um, aquele conveniente para pessoas que, por falta de cultura, não apresentam retórica de qualidade, e aceitam qualquer imposição como modelo dogmático. Estou falando da mídia. Dia após dias, ano após ano, década após década, morrem centenas de pessoas tentando enquadrar-se neste padrão imposto por modelos, atrizes e estrelas em geral, que com suas silhuetas esculturais causam inveja a todas as outras mulheres que buscam dietas (produtos diet e light) e processos com a perigosa cirurgia de lipoaspiração. A anorexia e a bulimia são patologias sociais sim, e andam lado a lado com a mídia. Em cada imagem comercial, em cada entrevista, vemos silhuetas cada vez mais esqueléticas, que acabam com todo o charme sadio de estrelas do século passado como a sex symbol Marilyn Monroe. Algumas pessoas, fracas em relação a seus pensamentos e auto-estima, passam a caçar todas as formas existentes que proporcionem o estado de ser como aqueles elementos tão adorados e desejados. Cegas pelo desejo de causar inveja, assim como aquela modelo está fazendo-lhas sentirem, elas não pensam em saúde, esquecem de tudo e de todos e passam a vivenciar apenas os seus mundinhos. Mundinhos marcados por induções vomitórias ou mesmo períodos de jejum infindáveis. É triste, mas é a verdade. Ás vezes, ser realista pode ser chocante ou mesmo angustiante, mas o que é mais triste é que se fizéssemos uma enquete, onde quer que ela fosse realizada, veríamos que todas as pessoas possuem alguma imperfeição (que na verdade não é uma imperfeição, apenas algo que foge aos padrões midiáticos de normalidade) e que gostariam de mudar algo em si. E na maioria das vezes, este algo é seu corpo. Inconveniente iconolatria que invade as mentes de seres que oscilam muito entre a racionalidade e a falta de razão.
Essas distorções visuais são reflexos de uma sociedade banalizada pela superficialidade imposta e induzida pela mídia comercial. Pobre ser humano, tolo por si só, vítima de um sistema que é tão poderoso, tão manipulador, que pode conseguir o que quiser através de ocultas - e até explicitas - lavagens cerebrais. Para eles, rios de dinheiro jorram em uma sociedade altamente dependente do fluxo monetário, que tornou o dinheiro tão valoroso que este passou a adquirir vida própria, e agora insiste em parar onde a vida é farta e confortável, ou seja, no bolso da burguesia.
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Está na hora de refletir.
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Grande abraço, Mahatma Naiads.