(LUTO) Protesto contra o Sistema

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Estava voltando de uma viagem a Paraty com meus colegas de escola quando, ao chegarmos ao colégio, recebemos a notícia do falecimento de uma colega. Em meio a uma atmosfera de tristeza, homenagens e indignações, recebemos a noticia de que havia sido por um problema de saúde. Esta doença não era tão grave, mas tornou-se à medida que a menina não recebia tratamentos adequados. Isto se devia a um sério problema de distribuição de renda em nosso país que criava a necessidade de que ela procurasse o serviço público de saúde. Passando por vários hospitais, a menina teve sua saúde negligenciada. Uma menina que mal havia chegado aos 15 anos, que tinha toda uma vida pela frente, perder a vida assim, de uma forma tão triste. Imaginem o sofrimento dos familiares, da mãe, do pai, ao perderem alguém por conta de um dos problemas mais sérios e graves de nossa atualidade: má distribuição de renda. Nem todos têm acesso à rede privada de saúde, tendo planos de saúde ou afins. No entanto, o certo seria termos uma rede pública eficiente, com médicos de qualidade. Não quero dizer que todos os médicos da rede pública sejam incompetentes e muito menos que todos os médicos da rede privada tenham uma qualidade inquestionável, mas é triste perceber que há tantos profissionais mal preparados que, por negligência médica, acabam acarretando na morte de inúmeras pessoas, que necessitam do sistema público para cuidarem de sua saúde.
Vivemos num país em que a saúde e qualidade de vida não são prioridades. Na verdade, quem dera houvesse este tipo de problema em apenas em um país, seria mais fácil de corrigi-lo. Mas esta falta de investimento é um miasma que infecta uma quantidade absurda de países deste nosso mundo global. O lucro, o comércio, o capital, são os elementos mais importantes e primordiais. Investimos em indústria, comércio, tecnologia, mas esquecemos da saúde e da educação, por exemplo. Esquecemos das necessidades primárias. Impressionante que em meio a uma atualidade em que se descobrem inovações científicas e tecnológicas a todo momento, as pessoas possam ser vítimas de erros e problemas que parecem ser tão rudimentares. Por isso, neste post, declaro luto pela vida não só de uma, mas de inúmeras outras pessoas que podem ter sido vítimas deste mesmo sistema. Descansem em paz....


“ What’s wrong with the World, mamma
People living like they ain’t got no mamma
I think the whole World is addicted to the drama
Only attracted to the things that will bring your trauma (…)

(…)People killing, people dying
Children hurt, I hear them crying
Can you practice what you preach
Could you turn the other cheek-
Father, father, father, help us
Send us some guidance from above
‘Cause people got me, got me, questioning
Where is the Love? (…)”

(Where is the Love? – The Black Eyed Peas)

8 Responses to "(LUTO) Protesto contra o Sistema"

Anônimo Says :
18 de outubro de 2008 às 22:06

Acho que vc esta pegando ótimos temas para seus textos, porém, junto à isso, acho que vc não esta desenvolvendo-os bem. Não critico sua capacidade de escrever, apenas acho que ótimos assuntos estão ficando muito sem pé nem cabeça. Considere uma crítica construtiva.

Anônimo Says :
18 de outubro de 2008 às 22:31

Por favor, me responde, o que você já fez para que a saúde do país de tornasse melhor?

Anônimo Says :
19 de outubro de 2008 às 09:23

"como estão meus doentezinhos? não é verdade que estão curados?"

='/

g.winme Says :
19 de outubro de 2008 às 22:51

Primeiro, sem querer ser sem graça, mas... A maioria das pessoas que criticam tudo isso e culpam a sociedade capitalista, gosta dela. Em segundo, Mahatma, não pergunte o que fazer, procure o que fazer!
As pessoas esperam respostas prontas para tudo hoje em dia.

Mahatma Naiads Says :
20 de outubro de 2008 às 20:14

Ao leitor ¬¬ realmente acho que faltaram informações sim e uma delas foi a mostrada pelo anônimo...
Desenvolver o quesito educação em um post sobre o sistema de saúde seria quase primordial, pelo menos foi uma das informações que percebi que faltava...
Para que tenhamos atendimento médico de qualidade, necessitamos de profissionais qualificados, e, esta qualidade só pode ser adquirida através de uma boa educação...
Porém, diferentemente do que muitos pensam, não depende apenas do Governo, ou outro órgão responsável por tal.
Precisamos do interesse de cada uma das pessoas. Hoje em dia, educação, desenvolvimento do intelecto não tem sido visto como prioridade por muitos... Culpa, em parte, da falta de uma auto-crítica sábia que saiba distinguir entre diversão e responsabilidade...
No entanto, meu texto pode ter dado a parecer que eu sou uma pessoa que têm tendências sensacionalistas, mas queria corrigir e dizer que não sou tal.
Podia, realmente, ter desenvolvido um raciocínio mais amplo, que acabei desenvolvendo agora neste comentário...
Quando critico a saúde no texto, parece que corrigí-la é algo fácil e que a situação está assim porque as pessoas querem, e isso não é verdade...
Corrigir a saúde engloba assuntos tão variados e mudanças em tantos setores que não é uma tarefa muito fácil...
Exigiria toda uma reordenação administrativa, econômica, política e social.
Peço desculpas aos leitores por um texto que não se equipara à qualidade dos posts anteriores de Abrecha...
Fui movida por um lado mais emocional que acabou deixando a racionalidade um pouco à deriva...
O próximo post será melhor, tentarei retornar à qualidade dos anteriores...
Um grande abraço!
Obrigada pelos toques, pessoal!

Anônimo Says :
25 de outubro de 2008 às 21:23

não foi bem assim
acho que so serviu pra postar sobre a saude

Unknown Says :
27 de dezembro de 2008 às 09:28

Queridos, não acredito que o problema esteja em profissionais mal preparados (não desconsiderando essa possibilidade)... Como realizar um bom trabalho sem equipamentos suficientes para saber o diagnóstico o quanto antes? Onde é aplicada a verba que deveria ser destinada à saúde? Lembram do cpmf?

Mahatma Naiads Says :
31 de maio de 2009 às 12:38

Olá Soraia!
Acho que é um ponto a ser destacado também.
É verdade que muitas vezes os profissionais são qualificados mas não têm condições de salvar alguém por conta das condições medico-hospitalares...

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