Viva la Vida (Parte I)

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Em época de eleições, o tema democracia é destaque na maioria dos discursos e debates de candidatos. Mas, por mais que eles prometam muitas coisas, o povo não tem se preocupado em cobrar... Isto me lembra uma das comemorações deste ano: os 40 anos do 1968. 1968: ano emblemático da história, marcado por eventos que refletem um único espírito irreverente, inovador, nos jovens da época: a rebeldia. Inconformados com a sociedade antiquada da época, os jovens iniciaram um processo revolucionário, visando a quebra de tabus em questões como liberdade, direitos iguais paraambos os sexos, beleza, sexualidade, entre outros... Este espírito pode ser muito bem representado pelo festival Woodstock, símbolo da contracultura, da geração pós-2ª Guerra Mundial, que luta por um mundo aos seus moldes inovadores. Considerando como exemplo o Maio Francês, podemos perceber que os estudantes não tinham medo delutar por seus ideais, protestavam sim, e acabavam sendo reprimidos, o que mostra a falta de voz, de liberdade de expressão da sociedade.

Diferentemente do que muitos pensam, hoje, a sociedade pode até ser mais livre do que antigamente, mas ainda há uma dose de autoritarismo na estruturação de nossasvidas poliico-sociais. É por isso que o ano de 1968 deve ser tão lembrado nos dias de hoje. Devemos conscientizar o jovem de seu papel no mundo pois, ele não é um mero espectador, tem que lutar pelos seus ideais, não pode acomodar-se ao receber apenas o que outra pessoa julga suficiente pois, todos nós pensamos! Todos temos condiçõesde decidir o que é melhor ou pior para as nossas vidas e as das pessoas à nossa volta. Seguir um padrão que você desaprove, imposto por alguém, é alienação (às vezes, geradapelo medo de ser livre) ou acomodação e contentamento excessivos. Não digo que os jovens devam virar revolucionários que vão às ruas brigar e fazer badernas. Mas lutar por seus direitos em passeatas, protestos, etc, é algo que não custa nada e pode render bons frutos. Paro por aqui com meu trecho musical.



Amanhã, leia a continuação desta postagem de duas partes.




"I used to rule the world

Seas would rise when I gave the word

Now in the morning I sleep alone

Sweep the streets I used to own..."


(Viva la vida - Coldplay)

2 Responses to "Viva la Vida (Parte I)"

Mah Says :
12 de outubro de 2008 às 09:44

Sabe porque os jovens são peritos de revoltas, principalmente as perigosas? Porque esse é o momento de suas vidas que correr os riscos não parece ser tão perigoso assim, porque por enquanto não tem filhos, família, esposa (às vezes sim, mas ela normalmente tbm é uma revolucinária), é complicado. Dá vontade de nunca crescer, queria sempre ser uma revoltada.

Mahatma Naiads Says :
20 de outubro de 2008 às 19:54

Concordo com você, Mahzinha!
Os jovens também estão sempre procurando por novas experiências, desafios, quanto mais diverso mais atraente parece...
No entanto, nós, jovens, temos que tomar muito cuidado porque este tipo de coragem pode ser visto como inconsequência pelos mais velhos...

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