Flamengo x Botafogo- Um jogo digno de se chamar "clássico"

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Antes do jogo, que contou com menor carga de ingressos para a torcida botafoguense, em virtude do mando de campo, o Botafogo vinha numa seqüência de 4 boas partidas, desde a chegada do técnico Ney Franco. O Flamengo vinha de 3 jogos sem vitórias, quando conquistou apenas um ponto de 9 possíveis, empurrado pela gigantesca faixa da torcida: “O brasileiro é obrigação”.

O Botafogo havia barrado o até então titular, camisa 10 e capitão, Lúcio Flávio, em detrimento de Zé Carlos. A idéia do técnico Ney Franco era postar Zé Carlos de modo a bater de frente com Léo Moura e Alessandro fazendo o mesmo com Juan, pelo outro lado, de modo a anular as duas principais armas do Fla.
O Flamengo vinha tentando se arrumar após as saídas de Marcinho, Renato Augusto e, por último, Souza. A dupla de ataque foi Obina, e o argentino primo do Messi, Maxi.

No primeiro tempo, não houve chances muito claras para nenhuma equipe, a exceção da primeira e da última.

O Botafogo começou atacando, logo aos 5 minutos, em chute de longe de Diguinho, bem defendido pelo goleiro Diego, que substituía Bruno. O Flamengo respondeu aos 13, numa falta levantada para a área, que obrou para Ibson, mas ele bateu fraco e facilitou a defesa de Castillo. Em um contra-ataque aos 25, Obina deu um passe de calcanhar para Ibson, que chutou no meio do gol. O Botafogo tinha dificuldades para entrar na área do Flamengo, e só ameaçou em novo chute de fora da área, dessa vez de Carlos Alberto.
Aos 35, em um novo contra-ataque, que era sua principal jogada, o Fla perdeu boa oportuindade, com Obina, que chutou para fora. Aos 43, outra jogada do Fla, finalizada por Ibson, mais uma vez nas mãos de Castillo.

Faltando 30 segundos para acabar o primeiro tempo, aos 46:30, outro contra-ataque do Flamengo, lançamento para Obina e falha de Renato Silva, que se enganou com o quique da bola. O ídolo da torcida rubro-negra dominou, com um toque passou por Castillo, e chutou de esquerda, sem goleiro. A torcida rubro-negra já comemorava, e a botafoguense já estava lamentando quando todos perceberam a bola saindo por cima da trave. O zagueiro Renato Silva mostrou aplicação, determinação e velocidade incríveis, e conseguiu salvar a bola. O primeiro tempo terminou 0x0, mas o Flamengo jogou muito melhor.

O segundo tempo começou como o primeiro, com um chute do Botafogo, aos 6 minutos. Wellington Paulista dominou e bateu para fora. Assim como Carlos Alberto, aos 8. Aos 13, Jorge Henrique foi lançado pela esquerda, driblou Diego, mas a exemplo de Obina chutou fraco e no meio do gol, onde estava o zagueiro Fábio Luciano. Na continuação do lance, um cruzamento de Carlos Alberto e a cabeçada do mesmo Jorge Henrique parou no goleiro Diego (pelo menos dessa vez foi o goleiro). Uma cobrança de falta do Fla, defendida por Castillo, aos 20, foi respondida com uma outra , pelo Botafogo, para fora, aos 27. Aos 30 minutos, Kléberson cruzou para Obina, que livre, cabeceou para fora. Ney Franco colocou o atacante Gil, no lugar do volante Túlio, e ele fez uma boa jogada aos 32, que terminou com uma finalização para fora de Alessandro.
O Botafogo mostrava maior vontade de marcar o gol, e quase o fez quando Wellington Paulista fez bela jogada, aos 34, matando no peito e finalizando de voleio. O chute, porém, parou na trave. Também aos 34, Obina chutou de longe para fora. Aos 38, um contra ataque do Flamengo terminou quando Eder, que entrara no lugar de Maxi, bateu por cima do gol. Obina saiu de campo vaiado, também aos 38. Aos 42, uma seqüência de cruzamentos do Flamengo, foi parar em Juan, que cabeceou da pequena área, para fora. Aos 47, numa chance que poderia mudar o jogo, Carlos Alberto driblou e bateu de fora, com perigo.

As duas equipes procuraram a vitória, e embora o empate tenha sido justo, o 2x2, ou 3x3 seria adequado.

Pelo lado do Botafogo, destaque para Carlos Alberto, que chamou a responsabilidade para si e não se escondeu do jogo. No Flamengo, destacou-se Juan (para variar).

De negativo, no jogo, apenas as declarações dos membros do Botafogo, de que é um ponto “fora de casa”. O Maracanã é a casa dos 4 times do Rio e o Botafogo não pode cometer o mesmo erro do Vasco, e usar apenas o Engenhão como a sua casa, e não considerar mais o Maracanã como tal. O resultado disso pode ser ficar 10 meses sem ganhar no estádio, como está o Vasco.

3 Responses to "Flamengo x Botafogo- Um jogo digno de se chamar "clássico""

Luiza Miranda Says :
30 de julho de 2008 às 16:17

Nossa Nilton!
Os mais desinformados vão achar que a Equime Mente Aberta cntratou um jornalista esportivo profissional!
hahaha
Muito bom.
Abraços.

Anônimo Says :
31 de julho de 2008 às 01:44

Texto escrito com muita habilidade, excelente.
Parabéns!

inferninho Says :
2 de agosto de 2008 às 14:55

:D

sal, eu te amo, vc tá me transformando numa leitora de futebol nata
AHAHAHHAHAHAHAH
:)
Saudades de tum, tu.
:* beijos, até.. hoje?

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