A Eterna Infância

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Há alguns dias percebi que, quando estou com uma pessoa, ela me deixa tão à vontade para ser feliz, e faço coisas engraçadas, no entanto, infantis, até para os meus padrões (quem me conhece pode constatar isso). Vi que essas coisas infantis feitas com essa pessoa me deixam mais leve e tranqüila, e nesses momentos é como se eu resgatasse uma infância um tanto retardada, no perdão da palavra, porém, despreocupada, o que contribui bastante para a minha tranqüilidade e para a sensação de flashback.

Fico imaginando se existe essa coisa de atitude de criança e de atitude de adulto, e o porquê de, às vezes, nos pegarmos em um momento nostálgico e desejarmos voltar ao tempo em que “tudo era mais fácil”.

Talvez as coisas não tenham sido mais fáceis.

Ao reler um dos meus diários, percebi que eu mesma não achava que minha vida era fácil, pode parecer meio estranho, uma criança de 10 anos se sentir pressionada pelas circunstâncias, mas era assim que eu me sentia, em vista dos meus problemas. “Grande coisa”, certo? Não sei, mas os problemas, por menores que poderiam ser, ou não, seriam um presságio para a adolescência que surgia. Mas se olharmos por um lado, eles eram grandes, sim. Eles me deixavam triste na mesma proporção que os novos me deixam hoje.

Percebo que cada fase de nossas vidas andará lado a lado com os seus respectivos problemas e cada uma delas terá a mesma intensidade para nós, a diferença é que, com o passar do tempo, novas responsabilidades são exigidas, e cada vez temos mais com o que nos preocupar, o que aumenta a gravidade dos problemas, nos fazem ter saudade da infância, e esquecermos dos nossos velhos e “pequenos” problemas.

Essas responsabilidades também influenciam na questão das atitudes e de posturas que devem diferir da época em que essas responsabilidades eram menores.

Mesmo assim, sinto um pouco de falta do que aconteceu, não gostaria de voltar no tempo, pois, conquistei muitas coisas durante esses anos, assim como perdi, mas perder faz parte do caminho dos ganhos. Mas como adiantei, minha grande saudade é quanto à despreocupação e a leveza da falta do excesso de responsabilidade, o que não significa o anseio da inexistência delas. Por isso, eu tento reacender velhas chamas, tento ser sempre uma pessoa alegre e passar isso para as pessoas ao meu redor, aliviar o estresse, e se alguém faz isso por mim, como aquela pessoa que comentei no início, só aumenta a minha felicidade.

Bem, como sempre digo: serei sempre uma criança feliz, serei sempre a L. E sugiro que vocês tentem também resgatar a leveza infantil que vamos, infelizmente, perdendo ao nos tornarmos amargos e prisioneiro da rotina. O que nos deixa ávidos por aquilo que perdemos, mesmo que inconscientemente.

4 Responses to "A Eterna Infância"

g.winme Says :
22 de agosto de 2008 às 22:24

É, e isso tudo é verdade. Psicologos dizem que toda fase tem seus problemas, e problemas em tamanhos suficientes para cada idade. Alguns livros religiosos dizem que você só sofre o que pode suportar.
Realmente há diferenças nos problemas, mas também há a maturidade, que está em constante evolução.

Dias Says :
22 de agosto de 2008 às 22:24

adultos ponderam
eu n gosto de ponderar mt não
quando tenho vontade, eu faço
é mais legal assim!

Matheus de Carvalho Says :
22 de agosto de 2008 às 22:25

"A gente brinca, a gente canta, e a gente não se cansa de ser criança."

o que é criança, para você(s)?

Anônimo Says :
22 de agosto de 2008 às 22:38

Gostei do que você escreveu! Faz muito sentido! Mas acho que acaba parecendo que hoje em dia a gente,adolescente,é menos feliz do que quando criança! Pra mim , a gente deve aprender a lidar com os problemas da melhor maneira possível! Não é ligar o botão do foda-se, mas sim de que um garoto, uma garota, uma nota baixa ou qualquer outro problema existente não podem tomar conta da nossa vida e nos prejudicar! É só pensar que vai dar tudo certo e e se despreocupar! Quando a gente é criança, a gente é alegre ao extremo, a gente só precisa tentar ser assim e tudo melhora, a gente volta a ser criança! É peidar entre os amigos e não ficar olhando com cara de nojo,preconceito ou deboche,pelo contrário rir!

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